sexta-feira, 15 de junho de 2012

Terror e Imersão 3D em Resident Evil Revelations - Análise

Os  eventos  de Resident Evil Reveltations  se passam  entre os Resident Evil 4 e Resident Evil 5,  funcionando  como  um "prologo" do  Resident  Evil 5.  Ele conta a história do inicio da formação  da BSAA. Tudo  começa  quando  Chris Redfield e Jessica Sherawat saíram em uma missão e acabam perdendo contato com a base da BSSA. Então após ficar horas sem novas informações o diretor Clive O’Brian manda Jill Valentine e Parker Luciani para o local que indicavam as últimas coordenadas dadas por Chris. Esse local é o cruzeiro Queen Zenobia.

Queen Zenobia – O Transatlântico Abandonado

O cruzeiro fantasma abandonado no meio do Oceano Atlântico é o palco perfeito para transmitir a sensação de claustrofobia presente na velha mansão do primeiro jogo, ou seja, o "sonho realizado" dos fãs, que preferem o estilo survivor horor que permeava os primeiros títulos da franquia.
A ambientação é sombria, com pouca iluminação, corredores silenciosos, a trilha sonora na maior parte do tempo é ausente ou quase inaudível ou tem um tom mais grave, os sons presentes são dos seus passos, do vento de fora e dos movimentos e "voz" dos monstros que às vezes parece vir de dentro dos dutos de ar e fazem  você ficar se perguntando de onde o monstro pode sair ele está realmente a frente ou dentro de alguma sala próxima? 

O efeito 3D proporciona uma imersão incrível gerando uma sensação de profundidade, muito boa, nos corredores e acaba contribuindo para aumentar o clima de tensão, fazendo-nos pensar se existe algum monstro ali na quina onde  o corredor da acesso a outro corredor. Também temos de volta mais puzzles, com um nível de dificuldade média.

Esse é o "principal" cenário do jogo, é onde ficam os capítulos mais longos, os outros cenários são mais focados na ação e levam um tempo, consideravelmente, mais curto para serem finalizados.
(Pra você que não sabe; claustrofobia é o medo de locais isolados como: elevadores, aviões, entre outros assim como o transatlântico Queen Zenobia)


Tentando agradar a gregos e troianos

Mas a Capcom não quis apenas trazer de volta o clima do survivor horror, ela também colocou, nesse título, cenários focados na ação. E consegue fazer isso com  muita maestria dosando ação e terror. Nessas partes voltadas mais para a ação, controlamos Chris, que é acompanhado por Jessica, e também controlamos Keith que é auxiliado por Quint, e também há um capítulo onde controlamos Parker que é acompanhado por Jessica.

Conservando e adicionando novidades ao gameplay
A jogabilidade continua muito parecida com a dos RE4 e RE5, com a câmera posicionada sobre o ombro, entretanto é possível escolher entre uma mira em primeira pessoa (com essa opção o jogo fica na visão de primeira pessoa somente quando se aponta a arma) ou em terceira pessoa (onde a câmera move -se ligeiramente para a esquerda, obstruindo um pouco a visão nesse ângulo e aumentado a visão no ângulo da direita) e  finalmente pode-se andar e atirar ao mesmo tempo. Porém para se andar e mover a mira ao mesmo tempo é necessário ter o circle pad pro(que adiciona um analógico) ou ativar o giroscópio, sendo que achei particularmente o movimento da mira com o giroscópio um tanto quanto lento.

O Sistema de Capítulos
O jogo utiliza um sistema de capítulos onde quando terminamos um, ao iniciarmos o seguinte temos uma recapitulação do que aconteceu anteriormente, com direito a uma narração dizendo: “Anteriormente em Resident Evil Revelations...”. Parecendo muito como um seriado, os capítulos terminam em pontos de cume de história mantendo o jogador sempre apreensivo, o que faz com que queiramos continuar jogando sem parar.

Raid Mod
O novo mini-game de Resident Evil, agora não possui mais tempo limite para finalizar os estágios e utiliza cenários com possibilidades maiores de serem explorados. Possui apenas um sistema de Rank, sem exibição de pontuação o que acaba retirando o fator de auto desafio presente em The Mercenaries.
Cada personagem nesse modo possui habilidades com armas diferentes o que faz com que em determinadas fases seja melhor a escolha de um personagem especifico, por exemplo Jill possui habilidade com metralhadoras, enquanto que Chris possui habilidade com escopetas, logo em uma fase onde os inimigos são fáceis de serem detidos* a metralhadora pode ser uma escolha melhor do que a escopeta.
*Nota: Com detidos me refiro a facilidade de parar um ataque, exemplificando, é mais fácil derrubar um hunter com um tiro de 12 do que com o disparo de uma pistola.

Uma obra de arte na palma da mão
O jogo é realmente muito bonito, com efeitos de partícula e iluminações muito bem trabalhados(exceto pelas sombras que quando projetadas em objetos muito próximos ficam pixeladas).Um "problema" é que devido a limitação do cartucho as texturas parecem "desbotadas" quando fica-se muito próximo de alguns objetos (isso é bem perceptível quando se entra nos elevadores e a câmera fica muito perto do cabelo) e também temos a sensação de cores desgastadas nas cenas de corte (que mesmo assim continuam muito belas). E mesmo com todas essas "ressalvas" sobre a parte gráfica ele ainda sim impressiona. Até o momento esse deve ser o game que possui os gráficos mais bem detalhados e realistas para o 3DS.

Conclusão
Com efeitos de som e iluminação muito bom, Revelations consegue trazer de volta toda a tensão e clima do survivo horror. É um titulo "obrigatório" para os donos do Nintendo 3DS. Então apague as luzes e pegue um fone de ouvido quando for joga-lo.

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Twitter @Hankfera

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